Para
que alguém iria querer uma pilha elétrica na Bagdá de 2 mil anos atrás? Ainda
não se sabe, mas é fato que um instrumento capaz de gerar energia foi
encontrado em 1936, numa ruína próxima à capital do Iraque. O artefato era uma
ânfora de barro contendo um cilindro feito de uma liga de cobre e estanho, com
uma barra de ferro suspensa dentro dele. O arqueólogo alemão Wilhem Konig
percebeu que o objeto estava corroído por uma substância ácida e concluiu que aquilo
era uma pilha rudimentar. Em 1940, o engenheiro americano Willard Gray
construiu uma réplica da pilha de Bagdá e, usando uma solução de sulfato de
cobre, conseguiu gerar cerca de meio volt de eletricidade. Nos anos 70, o
egiptólogo alemão Arne Eggebrecht fez a bateria funcionar melhor ainda com um
ingrediente abundante na antiga Mesopotâmia: com suco de uva, a pilha produziu 0,87
volts de energia. Uma das hipóteses para o uso da pilha é a medicina – os
gregos antigos, por exemplo, usavam peixes elétricos como analgésico. Mas a
corrente gerada é pequena demais. Outra possibilidade é a aplicação da energia
para galvanizar metais na ourivesaria.
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